Mais de 30 nomes da cena do Hip Hop da região Norte se reúnem em programação com palestras, poesia falada, rodas de rima e shows ao vivo.
O rapper e escritor Eduardo Taddeo estará em Porto Velho no dia 21 de junho, onde ministra uma palestra sobre cultura periférica, resistência e transformação social, com o tema “Rap como forma de educação e busca por justiça social”. Ele se junta a mais de 30 artistas em uma grande reunião da cena do hip hop no bairro Orgulho do Madeira.
Nos shows nomes da nova e da antiga geração do rap rondoniense se encontram em apresentações que destacam vivência, identidade e denúncia. Entre os confirmados se destacam Sandra Braids e Jhuka Andrade, artistas que estão retomando o projeto Ideologia Feminina.
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| Sandra Braids, referência feminina no rap amazônico. |
Nei Mura é o primeiro rapper do Brasil a inserir ritmos e temas indígenas na música rap. Ele retorna a cena de Porto Velho depois de uma temporada em Goiás, onde traz o retorno do projeto Movimento Hip Hop da Floresta, coletivo que ficou conhecido pela luta em defesa da floresta e passou a ter representantes na Amazônia Legal. Agora, Nei Mura está ao lado de Carlos Mossoró e Mano André na retomada do MHF. André e Mossoró são facilitadores da Construção Nacional do Hip Hop em Rondônia.
Outro nome bastante relevante na cena é King-ST, nome conhecido por ser um cronista em rap do cotidiano das ruas de Porto Velho. Já F-Dois foi o primeiro artista de Rondônia a lançar um álbum físico, ainda em 2015. Um nome lendário na cidade de Porto Velho é Claudinho Agressor Verbal, residente da comunidade onde o evento acontecerá e defensor do rap de denúncia social há mais de duas décadas.
A variedade de líricas pode ser vista com a dupla Missionário e Nego C, pioneiros do rap gospel no estado com o grupo D’Cristo. Outro nome que tem buscado construir um estilo próprio é MC Geno, que insere ritmos eletrônicos e amazônicos em suas batidas de rap.
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| Carlos Mossoró Rapentista atração confirmada |
Entre os nomes que vão trazer poesia falada, o destaque vai para o bboy Lee, indígena da etnia Cinta-Larga. O artista trans masculino irá trazer a poesia falada, no estilo slam. Outro nome que também irá declamar é o veterano Berákillaz, membro da primeira geração do hip hop em Rondônia.
A programação inclui três cyphers com MCs de várias regiões. Estão confirmados todos os campeões estaduais recentes do Duelo de MCs: Velhote MC (2024), Pugga ZS (2023), HC (2022) e Origem (2021), além do atual líder do ranking estadual, Kael, e do campeão do Slam Rondônia, Bonfim. Há também representante do interior do estado, como é o caso de Paniágua, de Rolim de Moura, cidade localizada na Zona da Mata.
O DJ AZR abre a discotecagem, com suporte de Vision Apache, Pugga ZS, Górdon e O Flores. Já o experiente Dj Vilbe Scratch trará o estilo boom bap para a maior parte dos rappers.
Representantes do Acre também integram a programação, com destaque para o pioneiro Augusto do Hip Hop e o grupo da nova geração North Side Clã, do Centro Acreano de Hip Hop, fortalecendo a conexão entre as cenas urbanas da Região Norte.
A programação ainda inclui os nomes da nova geração, como Lobbo, Nycx, La Vida, Jotta G, Primo, Jovem Lee, MCris e Nycx.
Por: Caio Pereira
Imagem: Divulgação
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